Nesta terceira emissão o Na Rota do Tempo aborda o tema dos Cátaros através do trabalho "Les Tisserands" (Homerecords.be 2006). O projecto belga é formado pelo grupo de música tradicional Amorroma, o ensemble de música histórica Zefiro Torna e pelo grupo de world-music Traces, num conjunto imbuído pelo espírito Cátaro. O resultado é um trabalho que relembra o Catarismo no período máximo de florescência na Occitânea durante os séculos XII e XIII, tendo por base alguns textos da época com composições originais. Ao longo do programa falámos um pouco sobre a história do movimento espiritual e da seita cristã que compunham os Cátaros, considerados hereges pelos católicos e perseguidos até à queda final em 1244 na fortificação de Montségur, nos Pirinéus franceses.A iniciar o tema "L'illusion Desmascada", que significa "ilusão desmascarada" composta, tal como os restantes temas deste programa, por Jowan Merckx (Amorroma). De seguida "Fama Publica" que refere aos boatos e traições bem como às tácticas furtivas utilizadas pela Inquisição para detectar Cátaros e simpatizantes.
Peirol foi um cavaleiro pobre de Auvergne a quem foi dada protecção pelo conde Dalfin d'Alvernha. O conde tinha uma irmã, Sahl de Claustra, lindíssima, de bom coração e muito estimada. As canções de Peirol invocavam um grande amor em Sahl de tal forma que o irmão, ciumento, expulsou o trovador, que acabou por perder o título e por passar o resto da vida como cantor e tocador de rebeca. É desta história que nos fala o tema "Si Be'm Sui Luènh".
Para finalizar o programa, "Colèra ò Pietat" (cólera ou piedade), uma melodia dançante inspirada no bourrée de Auvergne, ainda bem presente nos dias actuais. Conta a história que os Cátaros, quando obrigados à rendição após 6 meses de cerco a Montségur, recusaram converterem-se e caminharam fogo adentro cantando...
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